Índice
- O Curso R
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Mestranda em Conservação de Recursos Naturais, pelo programa de Pós graduação em Recursos Florestais - ESALQ/USP.
Orientador: Ricardo Ribeiro Rodrigues - ESALQ/USP
Coorientadora: Simone Aparecida Vieira - UNICAMP
Título do projeto: Estoque de Carbono em diferentes metodologias de restauração florestal
A biomassa acima do solo é uma função principalmente das árvores obtida a partir do diâmetro, da altura, da arquitetura e da densidade da madeira. Ela pode ser quantificada através de métodos destrutivos em que a mensuração ocorre de forma direta com abatimento e pesagem do material, ou por métodos indiretos onde as estimativas da biomassa são quantificadas através de modelos matemáticos.
Esses modelos podem ser específicos de um determinado local, quando foram elaborados para um ecossistema em particular, ou podem ser gerais, em que são utilizados para estimar a biomassa em diferentes locais. Existe na bibliografia infinitos modelos que estimam o valor da biomassa para locais específicos ou gerais, e que possuem diferentes variáveis.
Assim a função biomassa ira selecionar os modelos que podem ser utilizados para estimar a biomassa dos dados, facilitando assim a busca e a escolha desses modelos na bibliografia.
Os modelos serão selecionados de acordo com alguns critérios, o primeiro será o bioma local da área de estudo, podendo ser Amazônia, Cerrado, Caatinga ou Mata Atlântica e o segundo critério serão as observações coletadas e utilizadas nos modelos, que podem ser altura total (m), diâmetro altura do peito (cm) ou densidade especifica da madeira (g/cm³). Abaixo segue os modelos que serão utilizados na função biomass:
Tabela 1: Modelos alométricos para estimativa de biomassa seca acima do solo (kg) para diferentes biomas brasileiros. Modelos de regressão de biomassa podem incluir diâmetro DBH (em cm), altura total H (em metros) e a densidade específica da madeira “ρ” (em g/cm³).
Referência | Modelo Alométrico | |
---|---|---|
MATA ATLÂNTICA | ||
Modelo alométrico com 1 variável: DBH | ||
Tiepolo et al. (2002) | = 21.297 - (6.953 * DBH) +(0.74 * (DBH)²) | |
Burguer (2005) | = exp(-6.80067 + 3.77738 * ln(DBH)) | |
Brown (1997) | = exp (-1.996 + 2.32 * ln(DBH)) | |
Modelo alométrico com 2 variáveis: DBH - ρ | ||
Chave et al 1 (2005) | = ρ * exp( -1.499 + 2.148 ln(DBH) + 0.207 * (ln(DBH))² – 0.028 * (ln(DBH))³) | |
Modelo alométrico com 3 variáveis: DBH - ρ - H | ||
Chave et al 2 (2005) | = exp( -2.977 + ln(ρ DBH² * H)) | |
AMAZÔNIA | ||
Modelo alométrico com 1 variável: DBH | ||
Chambers et al (2001b) | = exp( -0.37 + (0.333 * ln(DBH)) + (0.933 *(ln(DBH))²) + (0.1220 * (ln(DBH))³)) | |
Modelo alométrico com 2 variáveis: DBH - H | ||
Scatena et al. (1993) | = exp( -3.282 + 0.95 * (ln(DBH)² * H)) | |
Brown et al (1989) | = exp (-3.1141 + 0.9719 * ln(DBH * H)) | |
Modelo alométrico com 2 variáveis: DBH - ρ | ||
Chave et al 1 (2005) | = ρ * exp( -1.499 + 2.148 ln(DBH) + 0.207 * (ln(DBH))² – 0.028 * (ln(DBH))³) | |
Modelo alométrico com 3 variáveis: DBH - ρ - H | ||
Chave et al 2 (2005) | = exp( -2.977 + ln(ρ DBH² * H)) | |
CERRADO | ||
Modelo alométrico com 2 variáveis: DBH - H | ||
Rezende et al (2006) | = -0.49129 +( 0.02912 * DBH² * H) | |
Modelo alométrico com 2 variáveis: DBH - ρ | ||
Chave et al 1 (2005) | = ρ * exp( -1.499 + 2.148 ln(DBH) + 0.207 * (ln(DBH))² – 0.028 * (ln(DBH))³) | |
Modelo alométrico com 3 variáveis: DBH - ρ - H | ||
Chave et al 2 (2005) | = exp( -2.977 + ln(ρ DBH² * H)) | |
CAATINGA | ||
Modelo alométrico com 1 variável: DBH | ||
Sampaio & Silva (2005) | = 0.1730 * DBH² | |
Modelo alométrico com 2 variáveis: DBH - ρ | ||
Chave et al 1 (2005) | = ρ * exp( -1.499 + 2.148 ln(DBH) + 0.207 * (ln(DBH))² – 0.028 * (ln(DBH))³) | |
Modelo alométrico com 3 variáveis: DBH - ρ - H | ||
Chave et al 2 (2005) | = exp( -2.977 + ln(ρ DBH² * H)) |
Entrada: biomassa (dados
, location
)
dados
= data.frame com as seguintes colunas: parcela
= parcela do local de estudo (classe: character)arvore
= individuo medido (classe: character)H
= altura total (classe: numeric) DBH
= diâmetro altura do peito (classe: numeric)ρ
= densidade especifica da madeira (classe: numeric)location
: argumento que indica qual o bioma dos dados (classe: factor)Verificando os parâmetros:
dados
é um data.frame? Caso não seja, função retorna uma mensagem de errolocation
é um bioma brasileiro (amazonia
, cerrado
, caatinga
, mata atlantica
)? Caso não seja, função retorna uma mensagem de errodados
deve conter valores em todas as linhas de cada árvore para que seja possível calcular a biomassa, caso haja NAs a função não funciona e retorna mensagem de erro.dados
não precisa ter todas as colunasPseudocódigo
dados
com a leitura do data.framelocation
com o bioma brasileiro dos dados biomass
←function(dados
,location
)dados
: verificando se o objeto dados
é um data.frame, em caso negativo a função para.location
: verificando se o objeto location
é um bioma brasileiro, em caso negativo a função para.location
e as colunas do objeto dados
location
for mata atlantica
entra na primeira condiçãodados
tiver apenas a variável DBH
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
e H
estima a biomassa pelos modelos selecionados location
for amazonia
entra na segunda condiçãodados
tiver apenas a variável DBH
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e H
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
e H
estima a biomassa pelos modelos selecionadoslocation
for cerrado
entra na primeira condiçãodados
tiver apenas as variáveis DBH
e H
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
e H
estima a biomassa pelos modelos selecionadoslocation
for caatinga
entra na primeira condiçãodados
tiver apenas a variável DBH
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
estima a biomassa pelos modelos selecionadosdados
tiver apenas as variáveis DBH
e ρ
e H
estima a biomassa pelos modelos selecionadosSaída
obs: A função terá como saída todos os modelos selecionados a partir dos dados e do bioma de entrada. Ficando a escolha do modelo, a critério do usuário da função
3. Referências
Olá Anani,
Gostei bastante dessa proposta, acho que ela se enquadra no nível de desafio que a gente quer que vocês alunos encarem no contexto do trabalho final, por isso considero que vc deveria continuar por aqui. Você foi clara especificando a tarefa que a função fará e os argumentos de entrada da função. Muito legal você incluir controles de fluxo e parâmetros condicionais que fazem com que a função opere corretamente e dentro de um escopo mais generalizado. Acho que uma próxima versão dessa função deve incluir os modelos que serão ajustados e uma descrição justificada de como os modelos serão ranqueados/selecionados (e.g. AIC) dentro da função. Esses critérios de ranqueamento/seleção dos modelos devem aparecer na saída da função, não apenas o “melhor” modelo (veja que vai depender de sua abordagem escolhida para seleção dos modelos). Descreve melhor como será esse boxplot final (eixo x = ? e eixo y = Biomassa). Por fim, considero legal você investir um pouco mais no pseudo-código, descrevendo melhor os passos que a função fará, especificamente aqueles relacionados com o ajuste e seleção dos modelos. Veja por ex. o pseudo-código da ex-aluna e atual monitora Bruna Cassettari. — Gustavo Agudelo 2018/05/04 11:47
Olá Gustavo,
Muito obrigada pelas dicas !! Continuei desenvolvendo essa proposta e assim adicionei os modelos que serão utilizados na função de acordo com o bioma e as variáveis de entrada dos dados, e esse será o meu critério de seleção (qual bioma e quais variáveis). Além disso melhorei um pouco meu pseudocódigo adicionando os controles de fluxo e os parâmetros condicionantes. E também estou pensando em adicionar o valor de R² dos modelos, o que auxiliaria na escolha final pelo usuário. Obrigada !! Anani.
A Mata Atlântica, um dos principais biomas brasileiros, encontra-se hoje entre os 25 hotspots mundiais de biodiversidade, devido ao seu alto grau de endemismo e heterogeneidade de composição (Myers et al., 2000). Entretanto, devido a um crescimento populacional sem controle, com uma intensificação da urbanização, agricultura e industrialização no século XX, hoje existem apenas 12% da sua cobertura original difundida em pequenos fragmentos, sem proteção e altamente alterados (Brancalion, 2015).
No intuito de diminuir a fragmentação, aumentar a conectividade, melhorando aspectos de conservação ambiental e biodiversidade desse bioma, umas das principais metodologias utilizadas é a restauração florestal, que auxilia na recuperação dos ecossistemas que foram posteriormente degradados, danificados ou destruídos (SER, 2004). No entanto, embora as metodologias e tecnologias de implantação das restaurações estejam em níveis avançados de desenvolvimento e aplicação, as iniciativas de monitoramento dessas áreas são escassas e recentes, não existindo ainda meios claros e eficientes de avaliar como estão essas novas áreas.
Assim, a função monitoRa.Restaura, será usada para auxiliar no processo de monitoramento dessas áreas restauradas, a partir da seleção de alguns parâmetros pré-definidos no Pacto pela Restauração da Mata Atlântica (2009), para áreas com mais de 5 anos de implantação na Mata Atlântica.
Entrada: monitoRa.Restaura (dados
, resume
=F)
área
= local de estudo (classe:character)parcela
= parcela do local de estudo (classe: character)arvore
= individuo medido (classe: character)mortalidade
= (TRUE = viva, FALSE = morta)Ht
= altura total (classe: numeric) DAP
= diâmetro altura do peito (classe: numeric)espécie
= identificação do individuo (character)resume
= argumento opcional para calcular dados resumo do monitoramentoPseudocódigo:
dados
com o data.frame de entradaTabela 1: Estabelecimento de nota para os parâmetros indicadores
Parâmetro | Restauração aceitável (valor=1) | Restauração preocupante (valor=0,65) | Restauração Crítica (valor=0) |
---|---|---|---|
Riqueza de espécies(espécies/ha) | ≥ 80 | 50 ≤ r <80 | < 50 |
Densidade espécies nativas (ind/ha) | ≥ 1250 | 883 ≤ d < 1250 | < 883 |
Número de estratos | 3 | 2 | 1 |
Mortalidade (%) | 0 a 5 | 5 a 10 | >10 |
Número de espécies exóticas (%) | 0 | - | >0 |
Tabela 2: Avaliação do projeto, por princípios
Nota | Conceito | Observação |
---|---|---|
0 - 2,4 | Ruim | Com necessidade de grandes intervenções |
2,4 – 4,9 | Regular | Com necessidade de algumas intervenções |
4,9 – 7,4 | Bom | Pode receber melhorias |
7,5 – 10,0 | Ótimo | Sem necessidade de intervenções |
Saída:
3. Referências
Anani, essa função já achei mais simples e menos generalista no seu uso. A descrição da tarefa que a função desenvolveria não é clara. Eu só vim a entender os parâmetros indicadores no pseudo-código. Nessa proposta você não incluiu controle de fluxos na função nem alertas de erros possíveis para os usuários. Acredito que a proposta A seria de maior desafio para você e, portanto, propiciaria um maior aprendizado. — Gustavo Agudelo 2018/05/04 11:58
Para o trabalho final, resolvi seguir com o proposta A. Como explicado anteriormente essa função tem por objetivo ajustar os modelos que podem ser utilizados para estimar a biomassa de árvores em biomas brasileiros, a partir de variáveis de medição (DAP, Ht e p) e do bioma, realizando o cálculo da estimativa de biomassa (kg) para cada um dos modelos selecionados.
Alterando a proposta acima, eu adicionei um argumento variável, para o usuário indicar quais variáveis tem em seu dados, e modifiquei o nome do argumento location para bioma.
Seguem abaixo os links para acesso: